sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Como funcionam os polígrafos (Parte 4)




Submetendo-se ao teste
Submeter-se a um teste de detector de mentira pode ser uma experiência intimidadora, desafiando os nervos até da pessoa mais inabalável. Você está sentado com vários cabos e tubos conectados e enrolados em seu corpo. Mesmo que você não tenha nada a esconder, pode ficar com receio de que o instrumento diga o contrário.
    Um exame de polígrafo é um longo processo que pode ser dividido em vários estágios. 

·            Pré-teste - consiste em uma entrevista entre o examinador e o examinado, quando os dois se conhecem melhor. Isso pode durar cerca de uma hora. Nesse ponto, o examinador escuta a versão do examinado sobre os eventos que estão sob investigação. Enquanto o examinado está respondendo às perguntas, o examinador também faz um perfil dele. O examinador quer ver como o examinado responde às perguntas. 
·            Formular as perguntas - o examinador formula perguntas específicas para o assunto sob investigação e revisa as questões com o examinado.
·            Em teste - o teste real é feito. O examinador faz cerca de 10 ou 11 perguntas, apenas três ou quatro das quais são relevantes ao assunto ou crime que está sendo investigado. As outras perguntas são perguntas de controle. Uma pergunta de controle é bem geral, como "Você já roubou alguma coisa em sua vida?" - um tipo de pergunta que é tão ampla que quase ninguém pode responder honestamente com um não. Se a pessoa responde "não", o examinador pode ter uma idéia da reação que o examinado demonstra quando está mentindo.

·            Pós-teste - o examinador analisa os dados das respostas fisiológicas. Se há variações importantes nos resultados, isso pode significar que o examinado estava mentindo, especialmente se a pessoa tiver respostas similares para uma pergunta feita repetidamente.


Às vezes o examinador de polígrafo pode interpretar mal a reação da pessoa em uma pergunta em particular. O fator humano e a natureza subjetiva do teste são duas razões pelas quais os resultados do exame de polígrafo raramente são admitidos em um tribunal. Veja os dois modos pelos quais uma resposta pode ser mal interpretada:


·            falso positivo - a resposta de uma pessoa sincera é determinada como sendo mentirosa.

·            falso negativo - a resposta de uma pessoa mentirosa é determinada como sendo sincera.



"Se dermos uma olhada nos estudos do laboratório, os erros de falso positivo ocorrem com mais freqüência do que os erros de falso negativo", disse Horvath.
    É provável que esses erros aconteçam se o examinador não preparou o examinado adequadamente ou se o examinador não fez uma leitura correta dos dados depois do exame.

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